Sempre gostei do Apóstolo Pedro. Cometeu muitos erros, abriu a boca em todos os momentos errados, não queria perdoar seu irmão e, finalmente, negou Jesus três vezes.
Identifico-me com ele. Afinal, todos cometemos erros, temos momentos em que não perdoamos quem nos prejudica — e, certamente, todos já decepcionamos nosso Salvador. Sei que muitas vezes O desapontei.
Cheguei ao ponto em que olhei para mim e todos os erros que tinha feito (e, sem dúvida, continuo a fazer) e concluí que eu era uma pessoa horrível. Não sou sempre sincera, fico com raiva, sou preguiçosa, discuto muito, sou sarcástica, crítica, etc., etc., etc.
Talvez Ele me ame pela pessoa que eu poderia ser, pensei. Isso fez sentido. Então decidi tentar ser essa pessoa. Amorosa, gentil, prestativa, sempre pronta para inspirar e animar os outros.
Bem, esse era o plano. Mas mesmo os melhores planos são inúteis se você não os colocar em prática. E foi o que aconteceu ao meu. Tentei ser melhor, mas estar ciente de todas as minhas falhas parecia me provocar a cometer mais erros. Por mais que eu tentasse, não conseguia ser a pessoa que poderia ser, a que eu achava que Deus tanto amava.
Então me ocorreu que Deus não me ama pela pessoa que eu poderia ou deveria ser! Ele me ama por quem eu sou! Agora, aqui, eu. Quebrada, despedaçada, desapontada. Ele não precisa de um “porquê” para me amar. E isso vale para todo mundo.